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segunda-feira, 9 de junho de 2014

Psicomotricidade e o desenvolvimento da criança

Psicomotricidade e o desenvolvimento da criança
        A psicomotricidade é uma técnica que procura destacar a relação existente entre a motricidade, a mente e a afetividade facilitando a abordagem global da criança.
·       Esquema corporal
              Ao conhecimento intuitivo, imediato, que a criança tem do próprio corpo, capaz de gerar nela as possibilidades de atuar sobre as partes do seu corpo, sobre o mundo exterior e sobre os objetos que a cercam denomina-se esquema corporal. Sua personalidade se desenvolverá graças a uma progressiva tomada de consciência de seu corpo, de seu ser, de suas possibilidades de agir e de transformar o mundo à sua volta.
·       Coordenação dinâmica geral
É constituída de exercícios de equilíbrio, que é a base essencial da coordenação dinâmica geral.
Os exercícios de equilíbrio têm como finalidade melhorar o comando nervoso, a precisão motora e o controle global dos deslocamentos, do corpo no tempo e no espaço.
·       Coordenação visomotora
Os exercícios de coordenação visomotora têm como finalidade o domínio de campo visual, associado à motricidade fina das mãos, dois elementos básicos para o grafismo. São exercícios extremamente atraentes à criança, pois podem ser apresentados em forma de jogos e com brincadeiras com bolas, onde a destreza, o controle muscular (força) e a leveza dos movimentos melhoram a habilidade manual solicitada pelo grafismo na hora das atividades escritas.

·       Lateralidade
                  Durante o crescimento, naturalmente se define o domínio lateral na criança: será mais forte, mais ágil do lado direito ou esquerdo. A lateralidade corresponde a dados neurológicos, mas também é influenciada por certos hábitos sociais.
                   Não devemos confundir lateralidade (domínio de um lado em relação ao outro, em termos de força e da precisão) e conhecimento “esquerda - direita” (domínio dos termos “esquerda” e “direita”).
                   O conhecimento “esquerda – direita” decorre da noção de domínio lateral. É a generalização da percepção do eixo corporal, de tudo o que o cerca a criança; esse conhecimento será facilmente aprendido quanto mais acentuada e homogênea for a lateralidade da criança. Com efeito, se a criança percebe que trabalha naturalmente com “aquela mão” é a esquerda ou a direita. Caso haja hesitação na escolha da mão, a noção de “esquerda – direita” não poderá firmar-se com segurança. Da mesma forma, em caso de lateralidade cruzada, a criança confundirá facilmente os termos “esquerda” e “direita”, por ser ora mais forte do lado direito (por exemplo o pé), ora mais forte do lado esquerdo (a mão).
                   O conhecimento estável de esquerda e direita só é possível aos 5 ou 6 anos, e a reversibilidade ( possibilidade de reconhecer a mão direita ou a mão esquerda de uma pessoa à sua frente) não pode ser abordada antes dos 6 anos, 6 anos e meio. De fato, esse estudo precede os de simetria em orientação espacial.
·       Organização e estruturação espacial
È a orientação, a estruturação do mundo exterior referindo se primeiro ao seu referencial, depois a outros objetos ou pessoas em posição estática ou em movimento.
                   A estruturação espacial significa a tomada  de consciência da situação de seu próprio corpo no meio ambiente, isto é, de lugar e da orientação que pode ter em relação as pessoas e coisas, a tomada de consciência da situação das coisas entre si, a possibilidade de organizar-se perante o mundo que o cerca, de organizar as coisas entre si, de colocá-las em um lugar, de movimentá-las.
                   A todo instante, a criança encontra-se em um espaço bem preciso, onde lhe é solicitada. Exemplo: está sentada em uma cadeira, diante de uma mesa.
                   Que encontre um objeto em relação ao outro. Exemplo: a vasilha de tinta encontra-se em um ao lado de sua folha.   
                   Enfim, a estruturação espacial, portanto, é a parte integrante de nossa vida; aliás, é difícil dissociar os três elementos fundamentais da psicomotricidade corpo-espaço-tempo – e, quando operamos com toda essa dissociação, limitando-nos a um aspecto bem restrito da realidade.

  

              

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